LINGUA PORTUGUESA -
SUJEITO – sétima série
A função sintática
que denominamos sujeito, é um termo essencial da
frase e pode se comportar de várias maneiras, dependendo da intenção
da mesma: agente, experienciador, paciente, etc.
O sujeito tem a característica de concordar com o
verbo, salvo raríssimas exceções.
Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes
e como eles são caracterizados para que possamos identificá-los.
Sujeito
Simples:
possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplos:
- Deus é perfeito!
- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
- Pastavam vacas brancas e malhadas.
- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
- Pastavam vacas brancas e malhadas.
Sujeito
Composto: possui dois ou mais núcleos que também
vêm expressos na oração.
Exemplos:
- As vacas brancas e os touros pretos
pastavam.
- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.
- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.
Sujeito
elíptico, subentendido ou desinencial: é
determinado pela desinência
verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome
de sujeito implícito. Antigamente era chamado de sujeito
oculto.
Exemplos:
- Estamos sempre alertas para com os aumentos
abusivos de preços. (sujeito: nós)
- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)
- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais - oculto apenas na segunda frase)
- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)
- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais - oculto apenas na segunda frase)
Sujeito
Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece
explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar
disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação
verbal.
Exemplos:
1- verbo na 3ª pessoa do plural
- Dizem que a família está falindo. (alguém
diz, mas não se sabe quem)
- Disseram que morreu do coração.
- Disseram que morreu do coração.
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se,
índice de indeterminação do sujeito
- Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)
PORTANTO é a:
- situação na qual é desconhecido o sujeito;
- situação na qual não interessa a identificação do sujeito;
- situação na qual a identificação do sujeito é irrelevante;
- situação onde o sujeito não é identificado, e não pode ser o ouvinte, ou estar relacionado a ele;
- situação onde o sujeito não é identificado, mas que denota envolvimento, nosso ou o do ouvinte, com ele;
Sujeito indeterminado com verbo na terceira pessoa do plural
Além de estar na terceira pessoa do plural, o
verbo não se refere a qualquer termo identificado anteriormente.
Exemplos:
Andam dizendo coisas horríveis a seu respeito.
Jogaram futebol até tarde.
Comeram todo o bolo.
Sujeito indeterminado com verbo na terceira pessoa do singular + se
Ao contrário do tipo anterior, este caso enfatiza
a inclusão da primeira e da segunda pessoas do verbo como
possibilidade de determinação do sujeito.
Exemplos:
Precisa-se de trabalhadores.
Espera-se para breve a retirada dos militares indonésios do Timor Leste.
Note-se como são diferentes.
Sujeito indeterminado expresso pela terceira pessoa do singular
Esse tipo de sujeito indeterminado difere dos dois
anteriores porque não exclui a possibilidade de determinação do
sujeito pela primeira e segunda pessoas do verbo. É uma forma
neutra, mas nitidamente coloquial.
Exemplos:
Dizem que o dólar vai subir.
Quem mandou votar no homem?
Sujeito indeterminado expresso pela forma do verbo
Vários linguistas consideram o infinitivo impessoal (quando não
associado a um sujeito deduzível do contexto) como um tipo de
sujeito indeterminado. O infinitivo dos verbos, principalmente quando
usado com valor
de substantivo, é o tipo mais comum e neutro de sujeito
indeterminado.
Exemplos:
Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Ser ou não ser; eis a questão! (W. Shakespeare)
Navegar é preciso, viver não é preciso! (F. Pessoa)
O gerúndio,
outra forma nominal do verbo, também pode expressar sujeito
indeterminado em raras ocasiões. Ele não só expressa sujeito
indeterminado, como tem um valor adverbial condicional:
Exemplos:
A realidade deve ser melhor, pensando dessa maneira.
Dormindo não se chega a lugar algum.
Sujeito
inexistente: também chamado de oração
sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma
ação, como fenômenos da natureza, entre outros.
Exemplos:
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza
- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2- verbo haver no sentido de existir ou
ocorrer
- Houve um grave acidente na avenida principal.
- Há pessoas que não valorizam a vida.
- Há pessoas que não valorizam a vida.
3- verbo fazer indicando tempo ou clima
- Faz meses que não a vejo.
- Faz sempre frio nessa região do estado.
- Faz sempre frio nessa região do estado.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: quando
o sujeito é uma oração. Pode ser desenvolvida ou reduzida. (veja
esse assunto em: Orações
Subordinadas Substantivas)
- Fazer promessas é muito comprometedor. (sujeito
oracional: fazer promessas).
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