quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lingua Portuguesa - O Sujeito


LINGUA PORTUGUESA - SUJEITO – sétima série
A função sintática que denominamos sujeito, é um termo essencial da frase e pode se comportar de várias maneiras, dependendo da intenção da mesma: agente, experienciador, paciente, etc.
O sujeito tem a característica de concordar com o verbo, salvo raríssimas exceções.
Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes e como eles são caracterizados para que possamos identificá-los.
Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplos:
- Deus é perfeito!
- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
- Pastavam vacas brancas e malhadas.
Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.
Exemplos:
- As vacas brancas e os touros pretos pastavam.
- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.
Sujeito elíptico, subentendido ou desinencial: é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito. Antigamente era chamado de sujeito oculto.
Exemplos:
- Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós)
- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)
- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais - oculto apenas na segunda frase)
Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.
Exemplos:
1- verbo na 3ª pessoa do plural
- Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
- Disseram que morreu do coração.
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito
  • Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)
PORTANTO é a:
  1. situação na qual é desconhecido o sujeito;
  2. situação na qual não interessa a identificação do sujeito;
  3. situação na qual a identificação do sujeito é irrelevante;
  4. situação onde o sujeito não é identificado, e não pode ser o ouvinte, ou estar relacionado a ele;
  5. situação onde o sujeito não é identificado, mas que denota envolvimento, nosso ou o do ouvinte, com ele;

Sujeito indeterminado com verbo na terceira pessoa do plural

Além de estar na terceira pessoa do plural, o verbo não se refere a qualquer termo identificado anteriormente.
Exemplos:
Andam dizendo coisas horríveis a seu respeito.
Jogaram futebol até tarde.
Comeram todo o bolo.

Sujeito indeterminado com verbo na terceira pessoa do singular + se

Ao contrário do tipo anterior, este caso enfatiza a inclusão da primeira e da segunda pessoas do verbo como possibilidade de determinação do sujeito.
Exemplos:
Precisa-se de trabalhadores.
Espera-se para breve a retirada dos militares indonésios do Timor Leste.
Note-se como são diferentes.

Sujeito indeterminado expresso pela terceira pessoa do singular

Esse tipo de sujeito indeterminado difere dos dois anteriores porque não exclui a possibilidade de determinação do sujeito pela primeira e segunda pessoas do verbo. É uma forma neutra, mas nitidamente coloquial.


Exemplos:
Dizem que o dólar vai subir.
Quem mandou votar no homem?

Sujeito indeterminado expresso pela forma do verbo

Vários linguistas consideram o infinitivo impessoal (quando não associado a um sujeito deduzível do contexto) como um tipo de sujeito indeterminado. O infinitivo dos verbos, principalmente quando usado com valor de substantivo, é o tipo mais comum e neutro de sujeito indeterminado.
Exemplos:
Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Ser ou não ser; eis a questão! (W. Shakespeare)
Navegar é preciso, viver não é preciso! (F. Pessoa)
O gerúndio, outra forma nominal do verbo, também pode expressar sujeito indeterminado em raras ocasiões. Ele não só expressa sujeito indeterminado, como tem um valor adverbial condicional:
Exemplos:
A realidade deve ser melhor, pensando dessa maneira.
Dormindo não se chega a lugar algum.
Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.
Exemplos:
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza
- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer
- Houve um grave acidente na avenida principal.
- Há pessoas que não valorizam a vida.
3- verbo fazer indicando tempo ou clima
- Faz meses que não a vejo.
- Faz sempre frio nessa região do estado.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: quando o sujeito é uma oração. Pode ser desenvolvida ou reduzida. (veja esse assunto em: Orações Subordinadas Substantivas)
- Fazer promessas é muito comprometedor. (sujeito oracional: fazer promessas).